
“Quando
vemos uma criança brincando de faz-de-conta, sentimo-nos atraídos pelas
representações que ela desenvolve. A primeira impressão que nos causa é que as
cenas se desenrolam de maneira a não deixar dúvida do significado que os
objetos assumem dentro de um contexto. Assim os papéis são desempenhados com
clareza: a menina torna-se mãe, tia, irmã, professora; o menino torna-se pai,
índio, polícia, ladrão sem script e
sem diretor. Sentimo-nos como diante de um miniteatro, em que papéis e objetos são
improvisados.” (Vieira, 1978 apud
BOMTEMPO; KISHIMOTO (org.), 2002, p.57)
O
caráter simbólico desse tipo de brincadeira também ganha outros nomes, como,
por exemplo, jogo simbólico, jogo socio-dramático ou jogo de papéis, de modo
que é de extrema importância para o desenvolvimento da criança, pois é uma
forma pela qual ela aprende a desenvolver papéis sociais, que podem montar a sua
personalidade no futuro.
“Para
Piaget (1971), quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem
compromisso com a realidade, pois sua intenção com o objeto não depende da
natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui.” (BOMTEMPO;
KISHIMOTO (org.), 2002, p.59) É uma brincadeira na qual, a criança se baseia na
realidade para criar e elaborar histórias, mas também para dominar e criar situações
à sua maneira de forma a levá-la a enfrentá-las.
“Por
meio da atividade lúdica, a criança vivencia experiências e aprende com elas,
pois é pela imitação que a criança vê o mundo. Brincando ela desenvolve o
cognitivo, o que possibilita aprender a conviver com conflitos que surgem
durante essas atividades, estimulando assim, o raciocínio. Outro fato
importante é o amadurecimento das habilidades motoras que é proporcionado pelas
brincadeiras.” (SILVA e RUBIO, 2014, p.2)
“É
através de seus brinquedos e brincadeiras que a criança tem a oportunidade de
desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o mundo
dos adultos, onde ‘ela restabelece seu controle interior, sua auto-estima e
desenvolve relações de confiança consigo mesma e com os outros’.” (Garbarino e
colab., 1992 apud BOMTEMPO; KISHIMOTO
(org.), 2002, p.69)
Dessa
forma, é através do lúdico que a criança “[...] desenvolve a imaginação,
raciocínio, habilidade,” permitindo-lhe “uma aprendizagem prazerosa. É uma fase
do ensino que permite a criança expressar sua espontaneidade.” (SILVA e RUBIO, 2014, p.14)
Referências
da Pesquisa:
KISHIMOTO, Tizuko M. (org.). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a
Educação. Editora Cortez, São Paulo, 6ª edição, 2002.
SILVA,
Roseli Apª dos S. da e RUBIO, Juliana de A. S. A Utilização do Jogo Simbólico
na Educação Infantil. Revista Eletrônica Saberes da Educação, vol. 5, nº 1,
2014. Disponível em: http://www.uninove.br/marketing/fac/publicacoes_pdf/educacao/v5_n1_2014/Roseli.pdf
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